PADOCA DO MANÍ IGUATEMI

A Padoca Iguatemi surgiu com a premissa de repetir o sucesso da primeira Padoca do Mani, na rua Joaquim Antunes. O convite do shopping Iguatemi foi feito, com a condição de ter a mesma linguagem e os mesmos ares da Padoca existente.

Com isso, a arquitetura reinventou os materiais de acabamento da primeira e aplicou no Iguatemi de forma a manter conexão com a Padoca de Pinheiros.

O shopping escavou todo o subsolo, preparando essa área para os equipamentos da cozinha/ operação e para as câmaras frias. Ali embaixo, delimitou-se áreas para o estoque seco, produção, cocção, forneio e higienização.

Do subsolo, os alimentos podem ser levados pela escada metálica existente entre os patamares por um funcionário ou ainda podem ser entregues pelo elevador tipo monta-cargas.

Aproveitando o pé direito de aproximadamente 4,00 m do térreo, a arquitetura criou um mezanino técnico metálico no trecho onde há a cozinha/ preparo dos alimentos, para acomodar ali as instalações do ar condicionado dutado do salão e também os dutos de exaustão do térreo e do subsolo.

Essa estrutura metálica foi pensada baseada na norma dos jiraus técnicos do shopping, respeitando um pé direito de 1,20 m. Para o acesso ao mezanino, a arquitetura conseguiu a aprovação com o shopping de uma escada retrátil fixada no próprio alçapão de acesso, podendo ficar recolhida no jirau, sendo aberta apenas quando se faz necessária.

O piso do mezanino foi feito com placas Wall e dimensionado para receber as cargas dos equipamentos de ar e exaustão.

Embaixo desse mezanino, na área que seria o teto da cozinha do térreo, a arquitetura propôs o revestimento em azulejo rosa.

Assim, a área interna de salão permaneceu com seu pé direito alto (4,00m) , deixando a estrutura do teto toda aparente, aplicando um jateamento acústico entre as vigas existentes, apenas para melhorar a acústica do local.

Onde foi criado o mezanino técnico, a arquitetura propôs um fechamento/ bandeira metálica, com altura suficiente para receber o ar condicionado dutado do salão.

A arquitetura propôs que os elementos metálicos mantivessem seu aspecto natural, e isso se deu no duto do ar condicionado do salão, nas bandeiras/ telas metálicas do fechamento do mezanino, nas mesas e armários internos.

No piso da parte de dentro do salão, a arquitetura optou pelas mesmas tábuas irregulares de madeira de demolição, elemento presente na Padoca de Pinheiros. Nas cozinhas do térreo e subsolo, foi especificado um piso próprio para seu uso, seguindo normas técnicas vigentes.

Toda a parede existente limítrofe à loja Loungerie foi mantida exatamente da forma como encontrada, de forma que a sua rusticidade fosse bem notada. A arquitetura apenas aplicou um degradê de cores dentro da paleta escolhida, indo do marrom escuro do piso até o tom bem claro da laje.

Para a área do preparo/ cozinha térreo, a arquitetura optou por manter a mesma linguagem da Padoca existente, utilizando azulejos 15×15 cm, mas ao invés do branco tradicional, um tom rosa claro que vai permear por todo o projeto, seja no balcão de granilite ou nas mesas de mesmo material.

O mesmo azulejo rosa das paredes da cozinha do térreo e do forro (abaixo do mezanino metálico), foi levado para as duas fachadas (tanto a do mall quanto a do estacionamento), com desenhos feitos pela chef Helena Rizzo printados neles.

Os lambes colados na parede existente, também com desenhos da Helena e frases divertidas, trazem a essência singela e a “apropriação do espaço existente” da Padoca de Pinheiros.

Ainda sobre as fachadas, a arquitetura optou por usar esquadrias metálicas com modulação e vidros similares aos especificados na Padoca de Pinheiros, para que o cliente reconheça o novo espaço, mesmo distinguindo a paleta de cores dos dois projetos.

A área externa (boulevard) foi toda delimitada pelo shopping, com o teto em toldo preto e as floreiras com o padrão dos outros restaurantes voltados para o estacionamento. Nessa área, colocamos um piso externo Solarium, que tem características anti-derrapantes e conforto térmico.