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ESTÚDIO DE ARQUITETURA
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CASA TAGUAÍBA

Mantendo a projeção da casa no terreno, o projeto transforma completamente a ambiência doméstica para sintonizá-la com a identidade do cliente. A linguagem modernista, urbana que a caracterizava, assim, dá lugar a uma arquitetura que, inspirada nas casas litorâneas primitivas brasileiras, singelas por excelência, convida à permanência em meio à natureza com os seus ambientes claros, bem iluminados e confortáveis, tanto física quanto visualmente. A nova linguagem, praiana e com ênfase no artesanal, foi pensada nas várias facetas e nos mínimos detalhes do projeto.

Localizado em condomínio privado do litoral sul de São Paulo, no Guarujá, o terreno é limítrofe à faixa de areia. Da construção original manteve-se a estrutura principal e a organização do programa em dois pavimentos, com dormitórios acima. A laje plana da cobertura, no entanto, foi substituída por dupla de telhados com estrutura de madeira e vedação com telhas de barro, com os quais se amplia o pé-direito dos ambientes sob eles e cria-se uma varanda sobre a extensão da casa no recuo frontal. Complementarmente, a linha do beiral pré-existente serviu de referência para a ampliação de parte dos dormitórios, adicionando-se, à suíte principal (ampliada no equivalente a uma dupla de dormitórios originalmente), uma varanda voltada para o mar.

As áreas molhadas foram radicalmente reformuladas, tanto no térreo quanto no pavimento superior, otimizando-se os fluxos e a integração espacial – internamente na casa e dos ambientes internos com os externos. Destaca-se a transferência da cozinha para a lateral da sala, unida tanto ao estar quanto à varanda sob o novo pergolado de madeira, bem como o remanejamento da área de serviço e de parte dos sanitários do pavimento superior.

Nas fachadas, o concreto sai de cena e a totalidade das esquadrias é reformulada. Muda não apenas o seu posicionamento, conforme as novas demandas pontuais de iluminação e ventilação, mas também a sua materialidade (antes, de alumínio, agora, de madeira), tipologias e modulações, em uma releitura das aberturas de casas praianas tradicionais.

Todos os revestimentos foram substituídos, com a paleta de cor e materiais gravitando em torno da rusticidade e de tonalidades que remetem à madeira e à areia. Nas fachadas, foi adicionado um revestimento com massa texturizada artesanal que, caracterizado pela tridimensionalidade das sutis ondulações, coloca em segundo plano perceptivo a ortogonalidade da construção. Internamente, convivem a madeira de demolição (no piso e parte dos forros) e a azulejaria artesanal (cerâmicas de barro cozido, dispostas sem juntas e enfatizando a irregularidade do material), contrapostas à estrutura e às tubulações aparentes, pintadas na mesma cor das paredes. Também a marcenaria tem elementos rústicos de madeira mas, à exemplo de tantas casas de praia brasileiras, a bancada da cozinha é feita com cimento aparente.

As áreas externas foram igualmente reformuladas, mantendo-se o posicionamento da piscina mas implantando-se uma paleta de materiais cuja tonalidade se aproxima àquela da areia junto ao mar, por sua vez, trazida para dentro de casa através da correspondência dos materiais internos com os externos. A madeira, assim, recobre pisos de ambos os domínios; a biriba dos pergolados (que repercute a rusticidade das toras estruturais de madeira) está presente também nas divisas do terreno; e o granito rústico da piscina foi utilizada igualmente em pontos do estar e dormitórios. Mas, a aparência distinta que o material assume conforme a sua área de utilização, corresponde à excelência do trabalho do estúdio, de personalização das soluções artesanais nos vários projetos. Dentro da casa, o efeito caiado da pedra dentro deriva de um trabalho experimental e, único, de remoção da massa aplicada em excesso na junta entre elas.

Guarujá, SP
LOCALIZAÇÃO

2019
ANO DE PROJETO

404 m²
ÁREA

Veronica Molina
Guto Vicentainer
Djurdjica Savkovic
Amanda Sarak
Veronica Kim
EQUIPE

Schwartz Engenharia
EXECUÇÃO DA OBRA

Fran Parente
FOTOS

@MEMOLA.ESTUDIO
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